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Crise Epilética

Atualizado: 22 de ago. de 2019

A epilepsia é uma disfunção do cérebro que cursa com descargas elétricas anormais e excessivas do cérebro, que interrompem temporariamente sua função habitual e produzem manifestações involuntárias no comportamento, no controle muscular, na consciência e/ou na sensibilidade do indivíduo.

Convulsão é sinônimo de crise epiléptica?

Toda convulsão é uma crise epiléptica, mas além da convulsão existem várias formas de crises epilépticas.

Na convulsão o paciente apresenta movimentos grosseiros de membros, desvio dos olhos, liberação de esfíncteres e perda de consciência.

E, um exemplo comum de crise epiléptica não convulsiva é a crise de ausência.

A epilepsia é uma doença comum?

É relativamente frequente, uma vez que acomete 1 a 2 pessoas em um grupo de 10 indivíduos.

Estima-se que haja cerca de 3 milhões de pessoas com epilepsia somente no Brasil.

É possível ter uma crise convulsiva e não ser epiléptico?

Sim, uma crise isolada e sem doença subjacente não fecha o diagnóstico de epilepsia.

Alguns fatores podem desencadear crises epilépticas:

Mudanças súbitas da intensidade luminosa ou luzes a piscar (televisão, computador, vídeo-game, discotecas)

Privação de sono

Libação alcoólica

Febre

Ansiedade

Cansaço

Algumas drogas e medicamentos

Distúrbios metabólicos

O que fazer durante uma crise?

Fora do ambiente hospitalar o observador deve voltar a cabeça do paciente para o lado, se possível, sobre uma almofada ou travesseiro.

Isso ajuda a proteger contra traumatismos na cabeça e também evitar que ocorra aspiração de alimentos, salivação ou vômitos para o pulmão.

Não se deve tentar puxar a língua do paciente, pois o observador pode sofrer lesão grave da mão e neste tipo de crise, ao contrario dos desmaios, a língua costuma ficar em sua posição normal.

Geralmente a crise dura alguns segundos a minutos e o paciente pode ser levado ao hospital com tranquilidade, se a crise for inédita ou conforme orientação médica. Caso a crise dure mais que 5 minutos, deve-se levar o paciente imediatamente ao hospital, para que se possam usar medicamentos para abortar a crise.

Quais são as causas de epilepsia?

Muitos fatores, genéticos ou adquiridos podem causar lesão nos neurônios a ponto de causar epilepsia.

As causas mais frequentes são:

· Traumatismos cranianos

· Drogas ou tóxicos

· Acidente vascular cerebral

· Doenças degenerativas do cérebro

· Doenças infecciosas e parasitárias

· Distúrbios vasculares, metabólicos e nutricionais.

· Tumores

· Fatores genéticos

· Traumatismos de parto

· Malformações cerebrais

A epilepsia, então, pode ser contagiosa ou passada para os filhos?

Apesar de poder ser provocada por uma doença infecciosa, a epilepsia não é contagiosa, ninguém se torna epiléptico por contato.

Em poucos casos a epilepsia é secundária a fatores genéticos e, mesmo nestes a hereditariedade não é certeza, portanto, em raros casos, a epilepsia pode ser transmitida aos filhos.

Um fator que pode explicar maior incidência de epilepsia entre parentes próximos é que algumas doenças infecciosas são contagiosas, expondo parentes próximos a uma incidência maior.

Por exemplo, a cisticercose que é causada pela ingestão de cistos provenientes da Taenia solium, pode ser adquirida em alimentos contaminados compartilhados pela família.



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