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ANIMAIS PEÇONHENTOS



Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunica com dentes, ferrões, ou aguilhões, estruturas por onde o veneno é injetado. Como exemplo destes animais, podemos citar as abelhas africanizadas, as aranhas, escorpiões e algumas espécies de serpentes. Já os animais venenosos, produzem veneno, mas não possuem um aparelho inoculador. O envenenamento ocorre por contato, ou compressão. Algumas espécies de sapos e de taturanas são animais venenosos.

ABELHAS

As abelhas são invertebradas que se diferenciaram das vespas (marimbondos) por se alimentarem de pólen e néctar. Pertencentes ao grupo dos insetos, as abelhas africanizadas, cujo nome científico é Apis mellifera, são importantes polinizadores, pois ao visitarem as flores em busca de seu alimento levam dela os grãos de pólen aderidos a estruturas específicas para o seu transporte.

Quando visitam as flores em busca de alimento, as abelhas depositam na parte feminina da flor: os grãos de pólen carreados em seu corpo, realizando assim a polinização, garantindo a produção de frutos e se- mentes.

As abelhas africanizadas são resultado do cruzamento entre abelhas europeias com africanas que foram trazidas para o Brasil. Elas vivem em sociedade, sendo a rainha responsável pela reprodução e manutenção da colônia unida. As abelhas operárias são as mais numerosas e responsáveis pela maior parte das atividades, como: cuidados com a cria, produção de geleia real, cera, defesa, coleta de água, néctar e pólen e produção de mel. Em menor número têm-se ainda os zangões, que são os machos responsáveis pela fecundação da rainha.

ARACNÍDEOS

As aranhas e escorpiões são aracnídeos pertencentes ao grupo dos artrópodes, animais abundantes em todos os ecossistemas. As características principais desses animais são: pernas articuladas e corpo formado por uma carapaça externa (exoesqueleto), composto por uma substância chamada quitina que garante sustentação e proteção. Os aracnídeos possuem o corpo dividido em duas partes (cefalotórax e abdômen), quatro pares de pernas, um par de pedipalpos (com função sensitiva) e um par de quelíceras (com função na alimentação). As aranhas são ovíparas, colocam seus ovos em uma bolsa produzida a partir de fios de seda chamada ooteca.

Os escorpiões são vivíparos, seus filhotes já nascem formados.

As aranhas e os escorpiões são animais carnívoros, alimentam-se principalmente de insetos e utilizam o seu veneno para imobilizar e matar suas presas. O aparelho inoculador de veneno nas aranhas são as quelíceras, localizadas na região anterior do cefalotórax. Já o aparelho inoculador de veneno dos escorpiões está localizado no último segmento da cauda chamado de télson. Apesar das aranhas e dos escorpiões serem animais peçonhentos, nem todos são capazes de provocar acidentes graves em humanos. No Brasil, ocorrem apenas três gêneros de aranhas perigosas: Phoneutria (aranha armadeira), Loxosceles (aranha marrom) e Latrodectus (aranha viúva). Em relação aos escorpiões, somente quatro espécies pertencentes ao gênero Tityus oferecem maiores riscos aos seres humanos.

SERPENTES

As serpentes são vertebrados, carnívoros, pertencentes ao grupo dos répteis. São características destes animais: a ausência de patas, pálpebras e ouvido externo, a presença de língua bífida ou bifurcada, e a pele recoberta por escamas. Algu- mas espécies são peçonhentas, podendo provocar acidentes graves, entretanto outras, não oferecem risco aos seres humanos. Existem espécies de serpentes vivíparas, que parem seus filhotes, e outras, ovíparas, que colocam ovos. As serpentes possuem diferentes tipos de dentição. As cascavéis, jararacas e surucucu são solenóglifas, ou seja, possuem grandes presas móveis inoculadores de veneno, localizadas na região anterior da boca.

As corais verdadeiras são proteróglifas, neste caso, as presas são pequenas, fixas, e também são localizadas na região anterior da boca. Os ofídios também podem ser opistóglifos ou áglifos. Um exemplo de serpente opistóglifa é a cobra verde, nela, as presas são pequenas, fixas e localizadas no fundo da boca, dificultando a inoculação do veneno. As jiboias e sucuris são exemplos de cobras áglifas, onde não há presença de dentes modificados para injeção de veneno.

ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS

No Brasil são registrados aproximadamente 110.000 acidentes ocasionados por animais peçonhentos por ano. De maneira geral, os acidentes são classificados em leves, moderados ou graves de acordo com os sintomas apresentados. O tratamento varia em função da gravidade do acidente, e é realizado em ambiente hospitalar com a utilização de soros específicos e outros medicamentos. A identificação do animal que causou o acidente é importante para o sucesso do tratamento.

ACIDENTES OCASIONADOS POR ABELHAS ABELHA AFRICANIZADA – APIS MELLIFERA Sintomas: dor, inchaço e vermelhidão no local da picada. Complicações: choque anafilático. Tratamento: anti-histamínicos, analgésicos, corticoides.

ACIDENTES OCASIONADOS POR ARANHAS ARANHA MARROM – LOXOSCELES SPP.

Sintomas: dor discreta, inchaço e lesão da pele. Necrose, febre, vômitos, tontura e dor de cabeça.

Complicações: risco de amputação do membro, anemia e falência renal.

Tratamento: soro antiaracnídico / soro antiloxoscélico.

ARANHA ARMADEIRA – PHONEUTRIA SPP.

Sintomas: dor forte irradiada pelo membro, inchaço, sudorese, vômitos, hipertensão e arritmias.

Complicações: insuficiência cardíaca, convulsões, edema pulmonar e coma.

Tratamento: soro antiaracnídico.

ARANHA VIÚVA NEGRA – LATRODECTUS SPP.

Sintomas: dor intensa irradiada pelo membro. Dor por todo corpo, agitação, contrações musculares e sudorese.

Complicações: pressão alta, taquicardia, retenção urinária e choque.

Tratamento: soro antilatrodectus. Acidente escorpiônico Escorpiões- Tityus spp.

Sintomas: dor intensa irradiada pelo membro, formigamento e sudorese. Vômitos, tremores, pressão alta, excesso de salivação.

Complicações: insuficiência cardíaca e edema pulmonar.

Tratamento específico: soro antiescorpiônico.

ACIDENTES OFÍDICOS JARARACAS (JARARACA, URUTU, JARARACUÇU, CAIÇACA, JARARACA PINTADA) – BOTHROPS SPP.

Sintomas: sangramento, dor, inchaço e hematoma no local da picada. Podem surgir bolhas, sangramentos na gengiva, nariz e escurecimento da urina. Pressão baixa.

Complicações: infecção local, necrose, risco de amputação e falência renal.

Tratamento específico: soro antibotrópico, ou antibrotópico-crotálico.

Cascavel – Crotalus durissus

Sintomas: leve inchaço, dor, e sensação de formigamento no local da picada. Visão turva, pálpebras caídas, dificuldade de deglutição, escurecimento da urina.

Complicação: falência renal.

Tratamento específico: soro anticrotálico, ou antibotrópico-crotálico.

Corais – Micrurus spp.

Sintomas: dor e sensação de formigamento no local da picada. Visão turva ou dupla, pálpebras caídas, excesso de salivação e dificuldade respiratória.

Complicação: insuficiência respiratória aguda.

Tratamento específico: soro antielapídico.

Surucucu – Lachesis muta

Sintomas: dor, inchaço e hematoma no local da picada, que podem progredir para todo o membro. Sangramentos, sudorese, cólicas abdominais, náuseas, vômitos, diarreia, pressão baixa. Complicações: necrose e risco de amputação.

Tratamento específico: soro antilaquético, ou antibotrópico-laquético.

O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE

• Lavar o local da picada com água e sabão.

• Manter o membro afetado elevado.

• Procurar atendimento médico imediatamente.

• No caso de acidentes com cobras, aranhas e escorpiões, é importante a captura do animal, vivo ou morto, para que o mesmo possa ser identificado. Isto agilizará o tratamento.

• No caso de acidentes com abelhas, retirar o ferrão com auxílio de lâmina fazendo uma raspagem.

Não retirá-lo com pinça para não comprimi-lo, o que poderia resultar na inoculação do veneno acumulado no ferrão.

PREVENÇÃO

Para manter esses animais longe de nossas casas é preciso que tomemos algumas medidas preventivas, como:

· Manter os quintais limpos, sem acúmulo de entulhos e lixo;

· Não colocar as mãos em frestas ou buracos no chão, cupinzeiros etc.;

· Evitar andar descalço em jardins;

· Preservar os predadores naturais dos escorpiões: corujas, macacos, sapos, galinhas e gansos;

· Combater a infestação de baratas e roedores, pois atraem animais peçonhentos;

· Manter a casa sempre limpa, principalmente atrás de móveis, cortinas e quadros; examinar calçados e roupas antes de vesti-las.

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